Certamente, as empresas que não possuem gestão estratégica estão fadadas ao fracasso. De acordo com uma pesquisa feita pelo Sebrae, cerca de 25% das empresas falham e fecham no Brasil. Por outro lado, um levantamento feito pelo IBGE revelou que, em média, 72% das empresas sobrevivem nos dois primeiros anos.
Mas quais são as razões que levam a tanto fracasso em tão pouco tempo?
O motivo é a falta de planejamento estratégico e de uma gestão profissionalizada.
Em síntese, é muito comum que alguém com capital queira iniciar um negócio próprio. Entretanto, essas pessoas acabam trabalhando com base no “achismo”. Assim, a ausência de um planejamento estratégico focado em uma gestão de alta performance faz com que muitas empresas fechem as portas precocemente.
A gestão estratégica é de extrema importância para o crescimento do negócio. Por isso, abordaremos neste artigo tudo o que você precisa saber sobre ela. Continue a leitura e confira em detalhes:
- O que é gestão estratégica?
- A importância da gestão estratégica de negócios
- Gestão estratégica vs. planejamento estratégico
- Fluxo de gestão estratégica
- Ferramentas de gestão estratégica
O que é gestão estratégica?
A gestão estratégica é uma forma de acrescentar novos elementos à reflexão e ação sistemática e continuada. Portanto, o objetivo é avaliar uma situação, elaborar projetos de mudanças estratégicas e acompanhar e gerenciar os passos de implementação.
Em resumo, é o gerenciamento de todos os recursos de uma organização para alcançar objetivos e metas. Com o concorrido mercado em que estamos atualmente, trabalhar com estratégias é essencial para a sobrevivência do negócio.
Para conquistar seu lugar e funcionar adequadamente, o constante aprimoramento é muito necessário. Ou seja, é por meio da gestão estratégica que as informações sobre a competitividade da empresa, recursos disponíveis, ameaças, oportunidades, entre muitas outras, são levantadas com o objetivo de planejar as ações futuras.
– Leia também: Gestão à vista: 7 motivos para utilizar esse modelo de gerenciamento empresarial
A importância da gestão estratégica de negócios
A importância da gestão estratégica em uma organização está na visão sistêmica. Em outras palavras, o valor está em perceber a empresa como um organismo que é afetado por cada um dos órgãos, no caso as áreas, que a compõem.
É fato que é a liderança que precisa ter esse controle para entender e observar a realidade, a fim de colocar todos os esforços em uma mesma direção. Aliás, a individualidade de cada área é um problema que prejudica o sucesso do negócio. Pelo contrário, as áreas devem ser tratadas como complementares. É necessário que haja compreensão apurada de cada uma delas, com suas respectivas importâncias e particularidades. Mas sem abandonar a visão holística do negócio como um todo.
Por vezes, esses problemas ocorrem porque a comunicação é ineficiente, não consegue transmitir a estratégia da empresa, nem engajar os colaboradores. O resultado é a falta de comprometimento e produtividade do negócio.
O uso da gestão estratégica oferece a possibilidade de acompanhar a implementação, a análise e o monitoramento das ações estratégicas, acumulando dados importantes que poderão ser usados em benefício das decisões de gestão e de planejamento. Ela pode ajudar a responder como direcionar os recursos de maneira adequada, como reduzir desperdícios e como aumentar a rentabilidade, por exemplo. Junto a isso, ela garante as presenças da missão, visão, valores e objetivos da empresa no dia a dia. Permitindo assim que haja uma melhoria contínua e que os resultados almejados sejam alcançados.
No panorama geral, a gestão estratégica contribui para uma relação de colaboração e engajamento entre os diversos setores da organização, aumentando a efetividade das atividades internas. E isso reflete em resultados de crescimento contínuo, ganho de mercado e maior satisfação dos clientes.
Gestão estratégica vs. planejamento estratégico
Antes de aprender como aplicar a gestão estratégica de negócios, é fundamental entender que planejamento é diferente de gestão estratégica. Contudo, os dois devem estar 100% alinhados.
Em síntese, a gestão estratégica tem como objetivo criar e incentivar ações que levem ao sucesso do negócio. Ou seja: estabelecer metas, aumentar o lucro, melhorar o atendimento, bem como analisar a organização como um todo, para implantar as ações que possibilitem que os objetivos sejam alcançados.
Por outro lado, o planejamento estratégico é a formalização da gestão. Aliás, ele é realizado pelos gestores da equipe. Enquanto os líderes criam as metas, o planejamento pensa como colocá-las em prática.
Para resumir, a diferença entre gestão estratégica e planejamento estratégico é que a gestão é feita pelos líderes e o planejamento é a consolidação das ideias.
Entretanto, o último não terá bons resultados sem o primeiro. Ou seja, é muito comum as organizações elaborarem o planejamento estratégico e não conseguirem executá-lo por problemas na gestão.
– Leia também: 8 séries sobre gestão, liderança e planejamento
Fluxo de gestão estratégica
Uma gestão estratégica eficiente possui um framework composto por diversas fases:
- Diagnóstico;
- Formulação;
- Implantação e acompanhamento.
Aliás, estas fases seguem o conceito do Ciclo Plan, Do, Check e Act (PDCA).
O objetivo é tornar os processos mais ágeis e claros. Trata-se de uma forma de alcançar um nível de gestão melhor a cada dia, chegando ao sucesso dentro do sistema. A seguir, confira o passo a passo do fluxo da gestão estratégica.
1. Diagnóstico
O primeiro passo para implantar a gestão estratégica em uma empresa é levantar dados que demonstrem a situação real do negócio. Entretanto, as ações atuais precisam ser avaliadas, bem como os objetivos e os indicadores de monitoramento. Ou seja, é necessário um mapeamento dos fatores externos para identificar o que limita e o que impulsiona a organização.
Além disso, não podemos esquecer que os fatores internos também são muito importantes e precisam ser levantados igualmente. O objetivo disso é verificar se a empresa possui as competências necessárias para executar cada atividade.
Entretanto, para que esta fase seja mais simples, você pode utilizar algumas ferramentas como a Matriz SWOT, que avalia as forças e fraquezas da empresa levando em consideração fatores internos e externos da organização.
Ao realizar o diagnóstico para a gestão estratégica, é fundamental que algumas perguntas sejam respondidas:
- A empresa possui diretrizes estratégicas claras?
- O pessoal está devidamente capacitado?
- Como é feito o planejamento financeiro da empresa?
- Você sabe dizer quais são os pontos fortes e fracos da organização?
- Os concorrentes estão mapeados e são analisados constantemente?
- Algum grande concorrente entrando no mercado?
- A empresa tem conhecimento dos pontos fracos frente aos concorrentes?
Esta fase é como uma investigação: é preciso saber onde dói, onde estão os gargalos e a ineficiência. Enfim, com o diagnóstico em mãos, será a hora da autoanálise que trará mais conhecimento e segurança do novo caminho a ser percorrido.
– Saiba mais em: Diagnóstico estratégico: entenda o que é, sua importância e quando fazer
2. Formulação
A formulação da gestão estratégica tem como foco o ambiente competitivo. Nesta etapa é hora de elaborar o plano de ações estratégicas que a empresa irá executar para atingir os objetivos definidos. Entretanto, não existe uma única maneira para todas as organizações formularem a estratégia.
A melhor maneira é inerente às características de cada negócio e suas necessidades. Um plano de ação é uma ferramenta bastante útil nesta etapa do processo. Ele precisa servir de base para a administração de tempo.
Você pode utilizar uma planilha com objetivos, ações, pessoas responsáveis e prazos. No entanto, é o plano que vai direcionar a equipe sobre o que fazer para alcançar as metas. Ao elaborar o plano de ação alguns itens devem ser abordados, como por exemplo:
- Objetivos gerais do negócio;
- Objetivos de cada ação ou atividade;
- Ações e atividades a serem executadas;
- Orçamento disponível para cada ação;
- Prazos de início e fim para cada ação;
- Responsável pela execução de cada ação;
- Riscos previstos na execução e planos de contingência.
Assim como na etapa do diagnóstico, durante a formulação algumas perguntas podem ser respondidas para dar um melhor direcionamento na elaboração das estratégias:
- O que a empresa quer alcançar este ano?
- Qual a meta a curto, médio e longo prazo?
- Qual a expectativa de faturamento para o próximo ano?
- Quais investimentos são necessários?
- Mais contratações precisam ser feitas?
- Quais ações são necessárias para que cada área execute as estratégias?
- Quais são os riscos se os objetivos não forem atingidos?
3. Implantação
De nada adianta chegar até aqui e deixar tudo no papel. Agora é hora de implantar tudo o que foi definido anteriormente. Entretanto, esse pode ser o maior desafio dos gestores. Durante esta fase, inúmeras ações são colocadas em prática e algumas ferramentas podem ser muito úteis aos líderes para controlar esses processos.
O BSC (Balanced Scorecard) é uma metodologia que permite visualizar e analisar todas as métricas definidas no planejamento estratégico. Adicionalmente, pode ser combinada com outros métodos como a Análise SWOT, os planos de ação 5W2H, entre outros. Mais adiante iremos detalhar cada uma dessas ferramentas e como elas podem ser úteis em uma gestão estratégica. As perguntas que permeiam essa fase do plano são:
- Como serão executados os objetivos estipulados?
- O orçamento pode ser cumprido?
- Como as divergências são tratadas?
- A comunicação com os envolvidos está funcionando?
- As estratégias traçadas precisam de revisão?
4. Acompanhamento
Tão importante quanto todo o processo do planejamento estratégico é o acompanhamento de tudo o que está sendo executado. O monitoramento faz parte do sistema do plano, principalmente para manter o controle do que está acontecendo. Afinal, você precisa analisar a evolução geral do plano de ação.
O objetivo do acompanhamento é identificar problemas, suas causas e definir uma solução adequada para resolvê-los. No entanto, uma estratégia para auxiliar no monitoramento é definir os indicadores-chave de desempenho (KPIs).
Este é o momento de alinhar o que está sendo feito para que erros sejam corrigidos e novas ações sejam colocadas em prática. Se necessário, a partir do que é avaliado, é possível corrigir a rota, fazer investimentos, contratar pessoal, buscar ferramentas tecnológicas, montar parcerias, entre muitas outras soluções.
Ferramentas de gestão estratégica
O alcance das metas planejadas é apenas o final de um processo. Agora que você já sabe todos os processos para aplicação de uma gestão estratégica eficiente, é preciso definir como medi-los, alocar recursos e traçar caminhos para transformar ideias em resultados. E finalmente chegar lá.
Existem várias ferramentas estratégicas que têm o objetivo de modelar os processos da empresa para atingir seus objetivos organizacionais, cada uma com sua particularidade. Entretanto, a escolha deve ser feita com base na que melhor corresponda às suas necessidades. Conheça algumas delas a seguir.
1. Análise SWOT
A Matriz SWOT ou Análise SWOT, como também é conhecida, é uma das principais ferramentas do planejamento estratégico. Ela ajuda a analisar o ambiente interno e externo do negócio.
A ferramenta leva em consideração quatro fatores: forças, fraquezas, oportunidade e ameaças. Tendo isso em mente, é possível traçar estratégias que aproveitem melhor as oportunidades e minimizem as ameaças.
– Leia também: Análise SWOT cruzada (TOWS): como aplicar essa ferramenta em seu negócio?
2. BSC (Balanced Scorecard)
O Balanced Scorecard, ou BSC, é uma metodologia para o acompanhamento de indicadores que vão além do financeiro para tomar decisões mais assertivas de negócio. A ferramenta parte do princípio de que uma empresa deve também considerar outras perspectivas, tão importantes quanto as contábeis, para avaliar seu desempenho de forma eficaz.
Para entender o desenvolvimento do negócio, o BSC utiliza quatro perspectivas principais:
- Financeira;
- Clientes;
- Processos internos e aprendizado.
Para que você possa entender como a empresa está caminhando, essas bases sempre devem ser acompanhadas.
3. OKR
O OKR é uma das metodologias mais utilizadas no mundo, inclusive por grandes organizações como Google, LinkedIn e Amazon. A metodologia, também conhecida como Objetivos e Resultados-chave, contribui com a gestão e o planejamento de estratégias para a operação da empresa, além de criar metas e analisar resultados de projetos realizados.
Com ela, o gestor consegue definir um objetivo que seja realmente relevante e alcançável. Além disso, os colaboradores também são envolvidos no processo listando as ações e as formas de implantação que serão executadas para atingir os objetivos.
O grande diferencial é a flexibilidade das regras, execuções com tempo mais curto e objetividade. Ou seja, a equipe sabe o que fazer, porque fazer e consegue visualizar como cada um pode contribuir para o alcance a curto prazo.
– Leia também: BSC e OKR: entenda qual metodologia é a melhor para sua estratégia
4. PDCA
O Ciclo PDCA é uma ferramenta utilizada para o controle de processos e tem como foco a solução de problemas. Em síntese, a sigla significa “Plan” (planejar), “Do” (fazer), “Check” (verificar) e “Act” (agir), sendo responsável por planejar processos, aplicá-los, prever falhas, solucionar e conferir os resultados.
A base desta ferramenta está na repetição. Ela é aplicada nos processos para que se busque a melhoria contínua. O PDCA é uma abordagem muito abrangente e aplicável em diversas situações.
5. Softwares de automação
Certamente, softwares de automação são as melhores opções para o processo de planejamento estratégico. Eles ajudam a empresa a trabalhar de forma mais coerente, visando a eficiência dos resultados. Aliás, com essas ferramentas os gestores conseguem acompanhar tudo em tempo real, sendo um diferencial no mercado.
O Scopi é um software de planejamento e gestao estratégica excelente para você gerenciar projetos e indicadores estratégicos em tempo real. O software permite analisar o desempenho de cada objetivo e avaliar a produtividade dos envolvidos.
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Ao final, concluímos que um bom planejamento e gestão estratégica são essenciais para o sucesso de sua empresa. Portanto, devem ser pensados com objetivos estratégicos coerentes e bem definidos para cada departamento.
Um complementa o outro, pois a gestão é fundamental para garantir o sucesso do planejamento, além de integrar os objetivos de todos os departamentos da empresa e garantir que as metas sejam alcançadas.